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ESG nas Empresas Familiares

ESG nas empresas familiares

Não há dúvidas quanto ao importante papel que as empresas familiares desempenham, com a sua força produtiva de riquezas, no aspecto da atividade econômica, mas também e, especialmente, exercem um papel essencial na promoção dos objetivos fundamentais, como a criação de empregos formais, diminuição das desigualdades sociais, recolhimento dos impostos, promoção da educação, dentre outros.

E segundo as fontes do IBGE e do Serviço de apoio às micro e pequenas empresas – Sebrae[1], 90% (noventa por cento) das empresas atuantes possuem origem familiar, compondo atualmente o cenário com franca atividade em nosso país. Entretanto, deve ser considerado os inúmeros desafios que essas empresas enfrentam para lograr êxito na prova do tempo, e, então caminharem para a transição da gestão para a segunda geração. Atualmente apenas o percentual de 65% (sessenta e cinco por cento) dessas empresas não prosperam para a gestão pela segunda geração, e, menos de 15% conseguem realizar a transição para a terceira geração na condução dos negócios.

Para o enfrentamento dos desafios diários que se apresentam ao setor, tais como a sobrevivência no mercado, a gestão empresarial, os de ordem tributária, de sucessão, dentre tantos, são inúmeras soluções apresentadas, no entanto, para uma mudança de cenário pensando no futuro dessas empresas, é preciso que durante a gestão tenha-se em mente dois motores operação.

O primeiro motor é aquele que gira e pulsa a própria atividade econômica da empresa, fazendo que a entrega do produto ou serviço seja da mais alta eficiência e qualidade técnica, é onde reside a máxima de fazer o que se sabe fazer, é exatamente o que se fez para chegar no ponto em que está. Já o segundo motor é aquele que leva ao futuro, é ele que vai estudar, avaliar, criar novas técnicas, observar o comportamento da sociedade, uma reserva viva, ativa, em franca expansão com o olho no futuro.

Falar de ESG nas empresas familiares é justamente falar desse segundo motor. A sigla ESG surgiu pela primeira vez em um relatório de 2005 intitulado “Who Cares Wins”, ganha quem se importa, em tradução livre, resultado de uma iniciativa liderada pela ONU – Organização das Nações Unidas e se traduz basicamente nas melhores práticas ambientais, sociais e de governança de um negócio.

No entanto, importante considerar que apesar do surgimento da sigla “ESG” na oportunidade mencionada, não foi a primeira vez que se debateu acerca do potencial que as empresas possuem de além do lucro gerarem valor relacionado às áreas sociais, econômica e ambiental. Nesse sentido, John Elkington através da teoria The Triple Bottom Line defendeu a necessidade da integração dessas dimensões[2].

Esses três eixos trazidos pelo ESG precisam ser amplamente discutidos e colocados à mesa quando das tomadas das decisões pelas empresas familiares, faz parte da estruturação dos novos tempos e da educação junto às empresas, bem como em todo seu entorno, sendo, pois, elemento imprescindível para a concretização da sua função social.

Simples mudanças nos modelos de negócios das empresas familiares são capazes de gerar impactos que talvez ainda sob os modelos existentes não se é possível mensurar em números, porém, em análise às grandes corporações com sede no Brasil e no mundo, é possível tangenciar que a responsabilidade cidadã das organizações e o comprometimento sobre a questão, envolvendo as diretorias executivas, conselhos de administração e todo o seu quadro de colaboradores geram impactos muito positivos.

Existem movimentos nas empresas de grande porte em atendimento às demandas de ESG com fluxos de recursos para essa área, emissão de títulos de sustentabilidade, sociais e verdes; transações de fusões e aquisições de eletricidade renovável, inclusive com menções de ESG nas transcrições de resultados das empresas.

Por isso precisamos falar mais abertamente sobre os modelos de negócio das empresas familiares, sobre as necessárias mudanças nos modelos operacionais, sobre o capitalismo consciente e a responsabilidade de quem gera riqueza pensar no futuro, e o mais importante: diminuir a distância entre a nossa realidade e objetivos de desenvolvimento sustentável – ODS traçados pelas ONU. Fazer com que esses objetivos sejam trazidos para a realidade empresária é um grande desafio, porém, os eixos apresentados já nos conduzem a um norte palpável, senão vejamos.

No aspecto da letra E, de environmental, em tradução livre, ambiental, se refere às práticas de uma empresa em relação à conservação do meio-ambiente, inclusive no que se refere a educação e conscientização de todos os envolvidos quanto a isso, listando-se, nesse ponto a gestão de resíduos, eficiência energética, desmatamento, dentre outros.

A letra S, de social, em tradução livre, traduz a relação da empresa com as pessoas que fazem parte do seu universo, sejam os clientes, consumidores, diversidade da equipe, relacionamento com toda a comunidade, direitos humanos, proteção dos dados, e muitos outros.

A letra G, de governance, em tradução livre, governança, indica, por sua vez, que a forma com que a empresa gere o seu negócio deve sim ser pauta e indica a amplitude que permeia o negócio quando a empresa se compromete a gerir através dos quatro princípios da governança, quais sejam, transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.

Um olhar para a longevidade da empresa através de uma estrutura adequada e correlata à realidade do negócio familiar, com fóruns dinâmicos e específicos para a tratativa dos assuntos de família através de protocolos familiares, do patrimônio visando a prosperidade e perenidade por meio de estruturas societárias, acordo de sócios e holdings familiares, e de gestão, permitindo que as decisões sejam tomadas à luz dos princípios da governança, gerando mais segurança e controle das operações.

Não há dúvidas do valor que se gera para a empresa quando o que ela devolve para a sociedade é maior do que o que ele de fato retirou, empresas que realmente entendem o equilíbrio das relações que estão em jogo quando se fala do ESG no modelo de negócio, da educação dos envolvidos, dos quem consomem, dos que trabalham e produzem, não podendo tal item ser utilizado como simples peça de marketing empresarial.

Ter em pauta nas empresas familiares temas como a estrutura do negócio, condução, remuneração, constituição e composição de conselhos, ainda que em estrutura reduzida e compatível ao tamanho do negócio, já é capaz de demonstrar o seu compromisso com o futuro, com o pensamento multigeracional, provocando uma contribuição positiva, social, ambiental e econômica em toda a comunidade em que vivem, trabalham e se relacionam.

Portanto, olhando para os desafios diários das empresas familiares, não se pode deixar de registrar que se o primeiro motor fez as empresas familiares chegarem até aqui, representando imensurável importância na força produtiva e de geração de riquezas em nosso País, percebe-se que será, pois, o segundo motor, pensando no futuro, nos novos modelos de negócios, que vai fazer as empresas familiares chegarem lá!

[1]https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/1a5d95208c89363622e79ce58427f2dc/$File/7599.pdf

[2] ELKINGTON, John. Cannibals With Forks: The Triple Bottom Line of 21 st Century Business, 1998.

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Autor

  • Luize Calvi Menegassi Castro. Advogada, Mestre em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso/UFMT. Especialista em Direito Civil e Processual Civil pela Universidade Cândido Mendes/RJ, com participação no grupo de pesquisa em Falência e Recuperação de Empresas no Autumn School da Universidade de Paris 1 – Panthéon/Sorbone, França (2017), e, curso de Recuperação Judicial e Falências - Capacitação do Administrador Judicial, com aptidão para o exercício do encargo, pelo IBAJUD (2017). Atuou como Professora das disciplinas de Direito Empresarial, Processo Civil e Consumidor na Universidade de Cuiabá-MT (2010/2014), com cursos de formação em Governança pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.

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